(Artigo publicado em 2014 no informativo da UNDIME - União dos Dirigentes Municipais de Educação)
Sempre acreditei que fazer a diferença era muito mais do que se destacar na profissão que escolhemos. Quando abracei a educação, foi muito mais do que abraçar a minha profissão. Uma paixão incontida que procuro compartilhar com todas as pessoas com as quais convivo.
Nossas ações como educadores devem agregar, construir e contribuir para a evolução do ser humano. Podem existir dias que serão verdadeiros fardos, mas haverá outros que muita satisfação nos trará.
Penso que cada passo que damos em busca de melhorar a educação brasileira não pode ser apenas encarado como uma obrigação. Educação é muito mais do que isso. É proporcionar o encontro com a própria vida. Lidamos com o destino das pessoas e, consequentemente, com o destino da humanidade.
Os frutos que o nosso trabalho e a nossa dedicação irão gerar têm de ser capazes de gerar frutos com sementes. Sem as sementes nosso trabalho será em vão e deixaremos um vazio ao futuro da humanidade. Vazio este que hoje nós procuramos preencher quando nos propomos a direcionar destinos.
É isso que somos, na verdade. Não somos gestores educacionais. Somo gestores de destinos. E sendo Dirigentes Municipais, não podemos deixar que o nosso trabalho resuma-se em um trabalho bem feito. Isso, qualquer um pode fazer.
Nosso trabalho precisa ficar marcado por melhorias que nós podemos proporcionar. E isso requer muito mais do que jogar sementes ao vento. Eu acredito no que realizamos e no que fazemos, porque sei que o destino de muitos está em nossas mãos. E quando se tem o destino de outros nas mãos, temos o direito de sermos verdadeiramente humanos, mas o dever de sermos educadores.
Então, fazer a diferença é poder fazer o seu melhor, contribuindo para a construção de um mundo que cultue a paz, priorizando a formação de pessoas capazes de enxergar que o Brasil pode ser muito mais do que tem sido. Descobriremos, enfim, que fazer a diferença na educação é gerar cidadãos aptos a fazer essas sementes que plantamos se perpetuar e, assim, devolver ao Brasil a sua dignidade civil.